Uma semana tem mais de dez mil minutos. Que tal usar apenas 10 para afastar o perigo da dengue?
Essa é a proposta da iniciativa 10 Minutos Contra a Dengue. Idealizada com base no conhecimento científico dos pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o projeto é inspirado em uma estratégia de controle do Aedes aegypti adotada em Cingapura, que foi capaz de interromper o pico de epidemia no país com ações semanais da população dentro de suas residências, de apenas 10 minutos, para limpeza dos principais criadouros do A. aegypti.O mosquito transmissor da dengue vive e se reproduz dentro das nossas casas. Agindo uma vez por semana na limpeza de criadouros, a população interfere no desenvolvimento do vetor, já que seu ciclo de vida, do ovo ao mosquito adulto, leva de 7 a 10 dias. Com uma ação semanal, é possível impedir que ovos, larvas e pupas do mosquito cheguem à fase adulta, freando a transmissão da doença.
Aplicação da estratégia no Rio de Janeiro
Desenvolvido por especialistas dos laboratórios de Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores e de Transmissores de Hematozoários do IOC em parceria com profissionais de comunicação do Instituto, o projeto 10 Minutos Contra a Dengue reforça o compromisso histórico da Fiocruz em colocar o conhecimento científico a serviço da saúde pública. Depois de elaboração do conceito, a iniciativa entrou em uma fase de prospecção de parcerias para a implementação, que foi firmada com a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES).Em março de 2011, a ação ganhou as ruas da cidade em um projeto piloto para a aplicação da estratégia, marcando o início oficial da parceria IOC-SES. Na época, o conceito foi trabalhado nas comunidades do Chapéu Mangueira e Babilônia. No mês de setembro, a SES anunciou oficialmente o conceito como tema da nova campanha 2010/2011 de combate à dengue no Estado.
A criação do conceito e a realização do piloto foram atividades desenvolvidas no âmbito da Rede Pronex-Dengue, "Desenvolvimento e Avaliação de Novas Tecnologias e Estratégias de Vigilância no Controle da Dengue", que conta com o apoio da Faperj e do CNPq.
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